(...) e se não estivesse muito frio, ia mesmo lá para fora. dali a vista é linda. à noite principalmente. e escrevia. escrevi sobre como amava, como depois deixei de amar. ali. ali, naquele lugarzinho só meu, fazia as minhas mais profundas reflexões sobre tudo. pensava nas muitas coisas em que falhei, nas muito poucas em que sucedi e em tantas outras ainda por resolver. como qualquer outra pessoa tenho os meus momentos, os meus altos e baixos, partilhei as minhas lágrimas com uma lua que era só minha. .. quis ser capaz de me desprender. de tudo, absolutamente tudo. houve até um momento em que me convenci que podia resolver tudo sozinha, que até tinha as coisas, tudo ‘relativamente’ controlado. mas não.
quem tem tudo sob controlo não sou eu, és tu.
eu, eu iludo-me imenso. às vezes.
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