quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

i know it sounds so old


se a vida é um caminho, uma longa estrada que percorremos, eu estou, com toda a certeza, parada em frente a uma encruzilhada, indecisa e fraca. sem saber qual será o próximo passo a dar. sem saber que rota escolher. sem saber se hei-de seguir em frente ou voltar para trás. virar onde segui em frente. seguir em frente onde virei. se ao menos fosse possível fechar os olhos e adormecer, desligar e abandonar os controlos por completo. o doce aroma, toque e melodia de ser levada pelo destino, a sonhar algo que não é possível descrever com palavras.


<3

2 comentários:

Salvador disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Salvador disse...

talvez a vida seja um caminho.
tem um princípio definido e isso restringe um pouco a ambição das nossas passadas. mas é certamente um caminho interminável (nunca ninguém faz tudo o que tinha para fazer), indefinível e incerto;

não só porque se cruza com uma quantidade enorme de outros caminhos (ao ponto de não sabermos qual é o que nos pertence e "apoderarem-se" dele) mas também porque está sujeito a algo (que me fascina e) que se chama acaso :)

dou por mim a pensar que o acaso pode não ser a aleatoriedade em si. será o resultado de uma actividade subconsciente que nos leva a escolher determinada dicotomia em detrimento de outra?
espero *sinceramente* que não :D

a vida sem actos pré-estipulados é mais viva.
há a divagação, o erro, a tentação;

cair, bater com a cabeça. levantar-se.
e aprender.
aprender a errar, aprender a viver, aprender a amar, aprender a permanecer :')

errar faz parte do irreversível percurso a que nos propusemos e que é regulado pelo tempo, que não abunda nem escasseia, porque simplesmente não existe (sim, trata-se talvez da maior tentativa humana de racionalização do Universo).

o nosso caminho resume-se a uma sequência de ocorrências felizes, inoportunas, infelizes, oportunas.
aquilo a que chamamos passado, é inalcançável mesmo que o tempo exista, pois teríamos de suprimir a velocidade da luz para "voltar atrás". isso é impossível.
subsistem no entanto as elações que surgem da reflexão sobre a série de acontecimentos exactamente anteriores à actualidade.

o sonho ajuda-nos a responder a nós mesmos e, na eventualidade de erro, consegue tornar-nos felizes, embora efemeramente ;)

enquanto atrás de nós algumas portas se vão fechando, muitas mais se vão abrindo diante de nós.
o destino, resultado ou não do acaso, não é por si uma entidade limitativa.
"só" é preciso modelá-lo, através de atitudes/ sentimentos/ pensamentos.

resta-nos continuar aquilo que começámos, bem ou mal, fácil ou arduamente, apenas com uma certeza:
a de que o próximo passo, é o que se segue e ainda não está definido.

ri, sonha, grita, chora, luta, geme, mas nunca ponhas sequer a hipótese de desistir do que quer que seja.

é preciso saber viver neste circo de feras*